OS SENTIDOS DE SER JOVEM COM DEFICIÊNCIA VISUAL

Abstract

Este artigo discute a necessidade de mais pesquisas sobre a juventude com deficiência visual. A falta de estudos sobre este grupo específico é notável.  Tem por objetivo refletir, a partir de achados na literatura, sobre a realidade da juventude com deficiência visual sob o ponto de vista de várias questões da vida diária e como constroem e/ou visualizam seus projetos futuros. Este estudo descreve uma pesquisa qualitativa baseada em revisão bibliográfica sobre jovens com deficiência visual.  Foram utilizadas cinco bases de dados para a realização da pesquisa e encontrados cinco textos relevantes para comporem o referencial teórico deste artigo. A pesquisa analisou a literatura existente para refletir sobre a vida desses jovens e a importância do tema para a educação democrática.  As categorias de análise incluíram: o que a pesquisa diz sobre jovens com deficiência visual; como eles constroem suas identidades; como interagem; quais as oportunidades educacionais disponíveis; e quais são seus sonhos e projetos. Como resultados, o artigo revela as dificuldades enfrentadas por jovens com deficiência visual na construção de sua identidade, comparativamente aos jovens sem deficiência.  A aceitação da deficiência e a independência da família são pontos cruciais, assim como a busca por pertencimento e a superação do isolamento e solidão.  A questão da sexualidade também é abordada, destacando as dificuldades em encontrar parceiros e a tendência de relacionamentos com pessoas que compartilham a mesma condição. Portanto, o artigo enfatiza a persistência da exclusão social e a necessidade de maior inclusão e respeito às diferenças. Como conclusão, o texto argumenta que o tema da juventude com deficiência visual carece de mais pesquisas. A escassez de literatura sobre o assunto destaca a necessidade de mais estudos, reconhecendo que as experiências de jovens com deficiência visual diferem daquelas de jovens com outros tipos de deficiência.  Para uma sociedade inclusiva, é crucial dar voz a todos os grupos de jovens com deficiência.