A REFORMA DO ENSINO MÉDIO: INSTRUMENTO DE GOVERNAMENTALIDADE E SUBJETIVAÇÃO NEOLIBERAL

Autores

  • Danielle Araújo Ferreira Marques daniellemarques@setasc.mt.gov.br
    Universidade Federal de Goiás
  • Marcilene Dias Bruno de Almeida marcilene.dias@ifg.edu.br
    Universidade Federal de Goiás

DOI:

10.36732/riep.vi.174

Palavras-chave:

Reforma do Ensino Médio, Dualidade, Subjetividade neoliberal, Governamentabilidade

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar a política educacional para o Ensino Médio a partir da última reforma colocada em prática através da Lei nº 13.415, de 2017, discutindo principalmente a questão relacionada à dualidade histórica em que se inscreve. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, a partir de uma revisão bibliográfica e documental. Argumenta-se que o desenvolvimento desta política tem se inscrito em um contexto de formatação de subjetividades e de governamentalidade voltadas para a conformação ao ideário neoliberal, em que, a depender da origem socioeconômica, os jovens são direcionados para a continuação dos estudos ou, mais diretamente, para o mercado de trabalho. Conclui-se pela necessidade de ressignificação da discussão sobre o tema que considere estes atravessamentos, de maneira que sejam vislumbradas efetivamente oportunidades de escolhas aos jovens. 

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Publicado

2022-04-28

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Como Citar

FERREIRA MARQUES, Danielle Araújo; BRUNO DE ALMEIDA, Marcilene Dias. A REFORMA DO ENSINO MÉDIO: INSTRUMENTO DE GOVERNAMENTALIDADE E SUBJETIVAÇÃO NEOLIBERAL. Revista Nova Paideia - Revista Interdisciplinar em Educação e Pesquisa, [S. l.], v. 4, n. 3, p. 431–442, 2022. DOI: 10.36732/riep.vi.174. Disponível em: http://ojs.novapaideia.org/index.php/RIEP/article/view/174. Acesso em: 13 maio. 2024.

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